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Com sua imagem refletida como espelho na margem direita do rio Paraguaçu, São Félix está encravada entre o rio e serra, configurando um dos mais belos visuais do Recôncavo baiano.
Possui estradas íngremes e cheias de curvas que dão acesso ao outros municípios vizinhos (Maragojipe, Muritiba, Governador Mangabeira, Cabaceiras do Paraguaçu, Cruz das Almas,etc).
O Recôncavo é sinônimo de tradição, com um passado rico, um folclore vasto e criativo, uma culinária peculiar e uma arquitetura predominantemente barroca. Está localizado ao redor da Baía de Todos os Santos, numa das regiões mais belas do Estado. Quem vai ao Recôncavo é convidado a conhecer cidades como São Félix, Cachoeira, Santo Amaro, Maragojipe, São Francisco do Conde e Nazaré, além das praias de Cabuçu, Bom Jesus dos Pobres em Saubara e a do Pina, em Maragojipe.
São Félix fica à margem do Rio Paraguaçu, a 110 km de Salvador. Surgida durante a expansão da cana-de-açúcar, a cidade possui uma história profundamente ligada aos valores culturais baianos. Marcada pelo desenvolvimento da indústria fumageira, com a instalação das fábricas de charutos Suerdieck, Dannemann, Costa Ferreira & Pena, Stender & Cia, Pedro Barreto, Cia A Juventude e Alberto Waldheis, além do cultivo do dendê e um forte comércio de estivas, secos e molhados. Também é conhecida por ter se destacado durante as lutas e mobilização social para a Independência da Bahia.
Centro histórico da cidade e ladeira da Misericórdia |
Caminhar pelas ruas de São Félix é uma oportunidade para termos contato direto com o passado, com a época em que, à beira do rio Paraguaçu, saveiros transportavam os produtos do campo para a capital, movimentando o último porto que dava acesso à região das minas e do gado, no interior. A miscigenação entre os povos branco e o negro e a herança indígena fazem com que a cidade apresente uma características sui generis ligadas às suas raízes ancestrais.
Chegar até cidade é fácil e um passeio convidativo. Basta atravessar a Ponte D. Pedro II, que liga o Cais da Manga a Cachoeira, sobre o rio Paraguaçu. A ponte ferroviária mede 365 metros de comprimento, com 9 m de largura, é um monumento histórico e arquitetônico, símbolo da importância econômica que a região. Foi inaugurada em 1885, no reinado de D. Pedro II.
São Félix, vista a partir do Rio Paraguassu |
A estrutura da ponte é composta por ferro importado da Inglaterra, com lastro em dormentes de madeira.
Um destaque na cidade de São Félix é a Casa da Cultura Américo Simas, que fica no prédio da antiga fábrica de charutos Dannemann, restaurado pelo IPHAN. Outro local de visitação muito rico em história e de vasto valor cultural é a Casa de Hansen Bahia, na Fazenda Sta Bárbara. Hansen Bahia foi um dos grandes artistas de xilogravura de todos os tempos, alemão de nascimento, radicou-se em São Félix, onde deu azo à sua criatividade e talento, internacionalmente reconhecido. Você também pode conhecer o chalé onde nasceu o engenheiro Américo Simas e o sobrado onde o estadista Ruy Barbosa morou.
Origem do nome:
Este pedaço do solo baiano, cercado de verdejantes montes teve a ventura de ser batizado com o nome do grande Félix de Catalíticio, irmão leigo que era de vida pura, consagrada ao evangelho, capuchinho ideal, protótipo da perfeição.
A vida religiosa era para ele a idéia central do seu espírito, atingiu uma perfeição exemplar no cumprimento dos três votos monásticos: obediente sem vacilações, nem resistências; pobre até aos limites do mais absoluto desprendimento; casto, com a inocência de quem não conhece derrotas, nem sabe o que é a malícia da paixão.
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